sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A Lei Antifumo e sua repercussão no Prédio 13

(Foto por Ricardo Mallaco)

A universidade é conhecida por ser um local democrático, onde opiniões diferentes convivem lado a lado, gerando debates construtivos para a formação do ser humano e o desenvolvimento da sociedade. A Lei Antifumo promete ser mais um tema quente para ser colocado em pauta no universo acadêmico. Afinal de contas, o que será que os estudantes, professores e funcionários do Prédio 13, do campus da PUC Minas no Coração Eucarístico, pensam sobre ela e quais serão as medidas adotadas para fiscalizar os fumantes no local?
Segundo o coordenador de Relações Públicas, Ércio Sena, a princípio a Universidade precisa esperar para que a Lei seja adotada em definitivo para que alguma coisa possa ser feita. “As medidas serão tomadas após a PUC estabelecer as diretrizes e o colegiado fazer uma reunião a respeito”, complementa Sena.

No prédio 13 já existem placas que proíbem fumar nas salas de aula
(Foto por Ricardo Mallaco)

E em relação ao DA, local muito procurado pelos estudantes, onde podem fumar sem se sentirem invasivos? O seu tesoureiro, Mucio Rabello, diz que os responsáveis pelo local não estão informados a respeito da lei. Caso a lei seja aprovada o DA irá se reunir e conversar sobre o que pode ser feito. “Já tivemos um pequeno atrito com os fumantes no passado, quando pensamos em por um ar-condicionado no quarto, mas creio que com a lei os não fumantes também podem se sentirem no direito de reclamar”, afirma Rabello.
Para alguns a lei parece ser um pouco repressora. É o caso de Fernando Lacerda, diretor do jornal O Marco, que não é muito favorável a lei, mesmo fazendo parte do grupo dos não-fumantes. Segundo Fernando, o cigarro é legal, diferentemente da droga, por causa disso não vê necessidade em reprimir o seu consumo desta forma. Por outro lado, segundo Lacerda, a lei é de fácil aplicação. “A fiscalização não terá muitos problemas, pois os próprios não-fumantes irão acabar vigiando o prédio”, explica.
O estudante de Jornalismo Lucas Assis tem uma opinião diferente. Segundo Lucas, a lei seria boa tanto para os não fumantes quanto para aqueles que consomem cigarros. “Ela será muito boa se for aprovada, porque nós, os não-fumantes, sofremos muito com isso. Mas seria bom para os fumantes também, ia os incentivar a parar de fumar”, argumenta.
Mas e os fumantes? O que eles pensam a respeito destas novas regras? Suzana Maria de Jesus, Assistente de Secretaria de Comunicação, diz que achou a proposta interessante, pois está tentando parar de fumar. Já os estudantes de Jornalismo Alexandre de Oliveira Pinto e Raphael Vieira Pires têm uma opinião diferente. Segundo o primeiro a lei é proibitiva demais. “Eu tento evitar fumar perto de crianças e pessoas comendo, pois tenho consciência que a fumaça e o cheiro incomodam, mas é só ter bom senso, nada demais”, diz Alexandre. O segundo ainda diz que quem fuma ainda continuará fumando. “Leis padronizam o comportamento humano e causam preconceito”, alega o estudante.

Alexandre não é a favor da lei Antifumo
(Foto por Ricardo Mallaco)


Coletiva com deputado esclarece dúvidas em relação ao projeto da Lei

O deputado Alencar da Silveira Jr., um dos responsáveis pela criação do projeto da Lei Antifumo, concedeu uma entrevista sobre as mudanças que virão com a implantação da nova lei.
Segundo Alencar, nas universidades a própria instituição cuidará de fiscalizar os fumantes, mas todos estarão liberados para consumir os cigarros em locais abertos pelo campus.
Alencar ainda complementou dizendo que em todos os estabelecimentos deverá conter uma placa explicando o conteúdo da nova lei de forma sucinta e que estes locais os seus donos poderão multar quem estiver fumando.
O deputado ainda explicou as diferenças entre a lei aplicada em São Paulo e o projeto criado por ele. Uma delas é a proibição do cigarro em condomínios ausente na lei mineira. “Não é possível proibir o uso dos cigarros em locais assim, pois as pessoas não se sentiriam tranqüilas se a polícia entrasse no local para repreender alguém, que estivesse fumando na piscina, por exemplo”, explica.
Para finalizar ele ainda diz que pretende acrescentar algumas coisas na lei em um futuro próximo, como a separação que existe nas cadeias entre selas para fumantes e não fumantes, inspirado na lei paulista.


Por: Diogo Maia de Carvalho, Marcos Figueiredo e Ricardo Mallaco

Um comentário:

  1. Olá, meninos,

    boa matéria. senti falta de uma fala da coord. do curso, profa. Glória. Também não vi recursos multimídia (exceto fotografia) na matéria de vocês.
    abs,
    Daniela

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